quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Camisolas bem numeradas

Hoje em dia, todos os jogadores têm um número fixo nas camisolas com respectivo nome ao longo da época, mas durante muitos anos o número nas camisolas era atribuído sem critério fixo, seguindo apenas uma ordem de 1 a 11, e segundo a posição em campo. Mas no Torneio Cidade de Córdoba 1975/76, António Medeiros, treinador do Belenenses, resolveu inovar…

O Belenenses defrontou, e derrotou, o Boca Juniors, ganhando assim acesso à final contra a equipa da casa. Mas para além da vitória no jogo, o treinador da equipa portuguesa reparou que o treinador do Córdoba estava na bancada a tirar apontamentos para preparar o jogo final. Quando chegou a hora dos jogadores do Belenenses subirem para o relvado para o jogo decisivo, António Medeiros deu ordens específicas: quando os jogadores terminassem o aquecimento, regressariam aos balneários para, num instante, trocarem de camisolas. Sambinha, o número 2, passou a ser o 11 e Cepeda que era o 11 passou a ser o 2, e assim por diante. Após a rápida troca de camisolas, os jogadores voltaram a subir para o relvado. Após o início do jogo, os jogadores do Córdoba começaram a fazer marcação aos jogadores segundo os números das camisolas. Quando se aperceberam da marosca, já o Belenenses ganhava por 3 a 0…

No final do encontro, a polícia local teve de ser chamada para escoltar a equipa do Belenenses até ao hotel, devido ao ambiente que se tinha gerado em volta do jogo. Se esta não foi a primeira, nem a última, vez que António Medeiros fez o truque da troca das camisolas, foi esta a primeira vez que uma equipa estrangeira ganhou o Torneio de Córdoba…

Se isto fosse verdade…

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