sexta-feira, 11 de julho de 2008

Churchill e o Semitismo

Winston Churchill foi Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial e, juntamente com Joseph Estaline e Franklin D. Roosevelt, liderou as Forças Aliadas contra as Forças do Eixo. A ele muitos agradecem a libertação da Europa da invasão NAZI. Contudo, para além de conceituado estadista e Prémio Nobel da Literatura em 1953, alguma escrita encomendada por ele alimenta ainda uma polémica antiga…

Descoberto entre muitos dos seus manuscritos, surge um ensaio intitulado “Como os Judeus podem evitar a sua perseguição” ("How The Jews Can Combat Persecution"), escrito em 1937, três anos antes de assumir o controlo da Nação. Neste ensaio, encomendado a Adam Marshall Diston, um alto membro do Partido Fascista Inglês, surgem declarações afirmando que os Judeus são em parte responsáveis pelos sentimentos de que são alvo ("partly responsible for the antagonism from which they suffer"), e que seria fácil atribuir as perseguições de que são alvo devido à malvadez dos seus perseguidores, mas que tal não explica todos os factos (“It would be easy to ascribe it to the wickedness of the persecutors, but that does not fit all the facts,"). Mas ao longo do texto, afirma também que apoia os Judeus, pois as perseguições que têm sido alvos são cruéis, incansáveis e vingativas ("suffering from persecutions as cruel, as relentless and as vindictive as any in their long history"), exibindo assim uma certa insconstância de opinião sobre os Judeus…

As razões pelas quais Churchill encomendou tal texto não são claras, e quando em 1940, já em funções, foi convidado por um jornal a publicar o ensaio, os seus conselheiros aconselharam-no que tal não seria recomendável. Na década de 30, os sentimentos anti-judeus também surgiam em países como A Grã-Bretanha e os E.U.A.. Se Salazar ganhou em Portugal a votação de O Maior Português de Todos os Tempos, Winston Churchill ganhou a votação nesse mesmo programa organizado em Inglaterra…

Se isto fosse verdade…